domingo, 22 de abril de 2012

Canção do Mar

de Raquel Teixeira*

Qual cisne sujo que em noite de lua,
Vai se enroscando num mar de pet,
O meu navio também flutua,
De lixo em lixo que muito fede.

Nossa galera! Que vamos fazer?
O mercado não tem saquinho,
Que resultado isto vai trazer,
Meio ambiente está tristinho.

Qual suja garça que aí vai, cortando os ares,
Vai navegando, sim vencendo a poluição,
Nossa galera que está cortando os mares,
De lixo e pet, dos homens sem educação.

*Raquel (Vicente dos Reis) Teixeira é estudante do 1º ano de Música no Unasp Engenheiro Coelho.

OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Leitura e Produção de Texto (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia da Canção do Marinheiro (Hino da Marinha), de Benedito Xavier de Macedo e Antônio Manoel do Espírito Santo, reproduzida a seguir:



Canção do Marinheiro (Hino da Marinha)


Canção do Marinheiro
Letra de Benedito Xavier de Macedo
Música de Antônio Manoel do Espírito Santo.

Qual cisne branco que em noite de lua,
Vai deslizando num lago azul,
O meu navio também flutua nos verdes mares de Norte a Sul.

Linda galera que, em noite apagada,
Vai navegando no mar imenso,
Nos traz saudades da terra amada
Da Pátria minha em que tanto penso.

Qual linda garça que aí vai
Cortando os ares,
Vai navegando sob um belo céu de anil,
Nossa galera também vai cortando os mares,
Os verdes mares, os mares verdes do Brasil.

Ao Deus da paz

de William Machado*

Eu orei
Eu orei, ai de mim, se não pudesse orar
Eu clamei
E senti o meu Deus
A me amparar.


Foi então
Que minha infinita tristeza
Saiu do coração
Encontrei em Deus a razão de viver
Ao Deus da paz
Sempre oro mais
Por isso me satisfaz
Porque a oração é uma ferramenta
Poderosa
Contra Satanás.


*William (Cunha) Machado é estudante do 1º ano de Música no Unasp Engenheiro Coelho.

OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Leitura e Produção de Texto (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia do poema Eu amei, de Vinícius de Morais, reproduzido a seguir:


Eu amei,

de Vinícius de Morais

Amor em paz,
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar


Foi então
Que minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz

Aprendi com os mais vividos

Geraldino Brasil (1926-1996),
poeta alagoano radicado no Recife/PE.
de Adriano Santos* 

Aonde tenho ido
Pedem que aguarde.
É difícil, mas aguardo.
E por ser novo, ficam duvidosos.
Aguardo.

Nasci no comércio, tive lojas
Aguardei clientes.
Aguardei excursões.

121 dias pelo mês de maio.
183 pelo mês de dezembro.

Aguardei com o depósito cheio.
meses, saibam vocês que compram
nas feiras boas de artesanatos
Eu não creio, homem maduro,
que me negues um conselho
O que posso fazer no mês sem renda.

Se negares, como o mês que foi
de poucas vendas, ainda os tereis
nos próximos dias que virão.

Ou do ano seguinte, se for preciso.

Aguardar eu sei.

*Adriano Santos é estudante do 1º ano de Música no Unasp Engenheiro Coelho.

OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Leitura e Produção de Texto (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia do poema Aprendi nos Campos, de Geraldino Brasil (foto), reproduzido a seguir:

Aprendi nos Campos, 
de Geraldino Brasil

A onde tenho ido
têm dito que espere.
Espero.
Às vezes nem me ouvem.
Espero.

Nasci nos campos, tive terras.
Esperei as chuvas.
Esperei os sóis.

21 dias pelos pintinhos amarelos.
30 pelos patinhos do lago.

Esperei árvore crescer.
Anos, saibam vocês que compram
nos mercados os frutos já maduros.
E eu não creio, homem meu irmão,
que me negues o teu olhar fraterno
o tempo de uma árvore crescer.

Se o negares como uma
que foi sem frutos
ainda os terrei como os de outra que plantei.
Ou da seguinte, se for preciso.

Esperar é comigo.

Gambá

de Andresa Gumiero* 

Vou voltar
Naquele mesmo bar, uma cachaça vou tomar
Naquele mesmo bar
Foi lá e é ainda lá
Vou beber e vou cantar
Como um gambá
Vou tomar
Naquele mesmo bar, uma cachaça vou tomar
Depois deito a sombra
Embaixo de um pomar
Que já não há,
Jeito de não vomitar
Talvez um dia eu possa deixar
De entrar naquele bar
E ao anunciar o dia
Vou voltar
Naquele mesmo bar, uma cachaça vou tomar
Não vai ser só essa não
Já espremi até um limão
Açúcar e gelo é a combinação
Já fiz até planos
De aí não voltar
Peguei até estradas
Tentei me perder
Fiz de tudo e nada
Pra não mais te querer
Vou voltar
Naquele mesmo bar, uma cachaça vou tomar
Vou tomar até cair
Até o dia em que eu resistir.

*Andresa (Duque de Faria) Gumiero é estudante do 1º ano de Música no Unasp Engenheiro Coelho.

OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Leitura e Produção de Texto (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia da canção Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque, reproduzida a seguir:

Tom Jobim e Chico Buarque - Sabiá

Sabiá,
de Tom Jobim e Chico Buarque

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor 
Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
E é pra ficar
Sei que o amor existe
Não sou mais triste
E a nova vida já vai chegar
E a solidão vai se acabar
E a solidão vai se acabar.

Para ser verdadeiro, sê real


de Sheila Santos* 

Para ser verdadeiro, sê real: natural
Em ti o fazer e o realizar.
Sê todo em tudo. Seja completo
E completamente um com Deus.
Assim o conhecimento em ti
Reinará, porque de fato vive.

*Sheila Santos é estudante do 2º ano de Letras no Unasp Engenheiro Coelho.

OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Oficina de Escrita Criativa (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia do poema Para Ser Grande, Sê Inteiro, de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa), reproduzido a seguir:

Para Ser Grande, Sê Inteiro  
de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa) 

Para ser grande, sê inteiro: nada 
Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. 
Põe quando és  
No mínimo que fazes. 
Assim em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive. 

domingo, 15 de abril de 2012

Pela Voz dos Lábios Teus


de Luciara Couto*

Quando a voz dos lábios meus
E a voz dos lábios teus
Resolvem se encontrar
Ai que ruim que isso é, meu Deus
Que dor de ouvido dá
Ouvir você gritar.

Mas se a voz dos lábios teus
Criticam os atos meus
Só pra me irritar
Meu amor, juro por Deu
Começo a me estressar.

Meu amor, juro por Deus
Que a voz dos lábios meus
Já não pode esperar
Quer dizer aos lábios seus
Parar com a gritaria
E com o blá-blá-blá
Pois, ao tocar os lábios teus
Eu acho o sabor
Que só se pode achar
Ao usar os lábios meus
A fim de te beijar.

*Luciara Couto é estudante do 1º ano de Música no Unasp Engenheiro Coelho.

OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Leitura e Produção de Texto (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia da canção Pela Luz dos Olhos Teus, de Vinícius de Moraes, reproduzida a seguir:

Vinícius de Moraes - Pela Luz dos Olhos Teus

Pela Luz dos Olhos Teus,
de Vinícius de Moraes

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar.

Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar.

Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor
Que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar.

A um Pequenininho

de Daiana Nascimento*

Para que vieste
Na minha fazenda
Meter o nariz?
Se foi por acaso
Não vais fugir
Anda tão rápido!
Que tens que esconder
Não sou delegado
Não vim te prender
Deixa de prosa
Se não vais; corre!

*Daiana (Agda dos Santos) Nascimento é estudante do 1º ano de Música no Unasp Engenheiro Coelho.



OBS.: O texto acima foi produzido para a disciplina Leitura e Produção de Texto (primeiro semestre de 2012) e é uma paródia do poema A um Passarinho, de Vinícius de Moraes, reproduzido a seguir:

A um Passarinho,
de Vinícius de Moraes

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem Venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!